Sobre arriscar…

Em resumo, embora a vida seja maior que nós e escreva com seu sumo poder o que é, permite que cada um de nós procure ser o melhor amanuense possível para ensaiar um belo e satisfatório relato de nossa vida. Trata-se de uma dialética permanente: devemos fazer o que quisermos, sim, mas aceitar que a vida fará segundo seu capricho e vontade.

Há algum tempo  escrevi: “O Eu tem que se arriscar com todas as suas forças na direção do que deseja. Não diminuamos nossos sonhos. Não deixemos de querer aquilo que desejamos profundamente. Invistamos. Arrisquemo-nos na direção daquilo que nos move: o que me move é o amor, uma companheira, ter filhos; move-me escrever poesia, move-me cozinhar para os outros, move-me ser marceneiro, move-me contemplar o mar. Arriscamo-nos na direção do que ansiamos profundamente, e isso nos aproxima um pouquinho da felicidade; e estamos em paz conosco porque damos os passos adequados para ir ao lugar aonde queremos ir. Depois, a vida dirá. E a vida tem a última palavra. E, quando a vida fala, nós escutamos. E, quando conseguimos escutá-la, então, estamos também em uma sintonia maior com nossa felicidade.

Trecho extraído do livro: “A chave para uma boa vida – Saber ganhar sem se perder e saber perder ganhando a si mesmo” – Joan Garriga. Editora Academia 2017

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