Quando o amor não é suficiente

“Conta uma fábula sufi que um jovem chamado Nasrudin chegou a aldeia depois de muitas horas de travessia por caminhos empoeirados. Estava com calor e sedento. Encontrou o mercado e ali viu umas frutas vermelhas desconhecidas, mas aparentemente deliciosas e suculentas. Ficou com água na boca. Foi tanto seu júbilo que comprou cinco quilos. Procurou a sombra de uma boa árvore em uma rua tranquila e começou a comer as frutas. À medida que comia, sentia um calor mais e mais intenso no rosto e no resto do corpo. Começou a suar copiosamente, e seu rosto e sua pele ficaram de um vermelho vivo. Mas ele continuou comendo. Uma pessoa passou a seu lado e, surpresa, perguntou: -Por que está comendo tanta pimenta com este calor tão terrível? E Nasrudin respondeu: – Não estou comendo pimenta, estou comendo meu investimento.

Com freqüência as pessoas comem seu ‘investimento’ no relacionamento, mesmo que caia mal, mesmo que a relação seja equivocada ou desvitalizante. Entretanto, o mais prudente e positivo pode ser abandonar o empenho, saber soltar-se, depor as armas, reconhecer os sinais de tensão no corpo quando o que vivemos não nos causa mais satisfação nem nutre o(a) parceiro(a).

(Texto extraído do livro: “O amor que nos faz bem – Quando um e um somam mais que dois”, Joan Garriga, 2014)

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