Perdas

“Quando as perdas e o infortúnio ou as contrariedades nos visitam, devemos trabalhar para converter eles em nutrientes para a nossa vida, mas, sobre tudo, devemos nos perguntar se alguma parte mais ou menos inconsciente em nosso interior os deseja, examinar se não estávamos esperando por eles de alguma forma, se não existe em nosso interior alguma subpersonalidade tirânica e arrogante que pretende reestabelecer delicados equilíbrios e afetos familiares e  nos obriga a sentar no banco dos acusados e nos impõe um castigo.

Resumindo: que nossas lealdades sejam expressadas através do ‘mais’ e não no ‘menos’, na alegria e não nas lágrimas, na expansão e não na retração. Que consigamos ser ativos no impulso da vida e não no da não vida, que Eros triunfe sobre Tánatos, a pesar de tudo.”

Trecho extraído do livro “La llave de la buena vida” (Joan Garriga) ainda não publicado no Brasil, tradução livre, M. Natalia M. H. Kopacheski.

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