Decido ser feliz

Por que algumas pessoas às quais a vida presenteia com mil privilégios e oportunidades se encontram imersas na insatisfação crônica? E, ao contrário, por que algumas pessoas que sofrem ou têm sofrido infortúnios constantes mantêm um tom alegre e desfrutam da vida e de cada instante como algo vibrante, como se estivesse cheia de todo sentido? A realidade é uma só , porém a maneira como a abordamos e a vivemos é pessoal e singular. Somos livres para assumir uma ou outra posição, livres para lhe atribuir um sentido, manter nossa dignidade a todo momento. E a liberdade é irmã da responsabilidade, na qual formulamos nossa resposta e nossos atos criativos à realidade. Assumindo nossa cota de liberdade e responsabilidade pelo modo como vivemos o que a vida nos impõe, nos tornamos discípulos da realidade. Dessa maneira, aprendemos a estirar ou não as velas de nossa nave, lutamos para manter firmes os ossos maiores de nossa coluna vertebral, observamos com delicadeza o horizonte para ver como chegar à casa.

 

(Trecho extraído do livro: “Viver na alma – amar o que é, amar o que somos e amar os que são”, Joan Garriga Bacardi, 2011)

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